Escolher uma boa semente já é metade do caminho.
Prefira cepas isoladas de alta performance (alta produção de corpos frutíferos e bom crescimento).
Pode ser obtida em culturas líquidas, placas de Petri ou multiesporos, mas cepas clonadas de frutos, como as do Professor Cogumelo, são ideais.
Na natureza, o Cordyceps é entomopatogênico, ou seja, ele infecta e mata insetos para se reproduzir. Porém, em cultivo comercial ele pode ser cultivado sem insetos, usando meios vegetais bem formulados. Assim, é possível produzir o cogumelo sem crueldade ou risco sanitário.
Receita base comum:
Arroz integral ou painço: 100 g
Água destilada: 100–110 mL
Extrato de levedura: 1 g
Peptona ou caseína: 1 g
Glicose ou açúcar mascavo: 1 g (opcional)
Suplemento proteico (ex: extrato de soja ou farinha de bicho-da-seda, se disponível): 2–5 g
Dica: Adicionar pupas secas de inseto (como tenébrio) pode aumentar significativamente o rendimento e o teor de cordicepina, mas não é essencial.
Use frascos de vidro de 250 a 500 mL com boca larga, para facilitar a frutificação.
Cubra com tampas com filtro ou papel alumínio com pequenos furos e micropore.
Esterilize os frascos com substrato em panela de pressão por 90 minutos (ou autoclave a 121 °C por 60 minutos).
Deixe esfriar completamente antes da inoculação.
Utilize seringas com cultura líquida ou pedaços de micélio de placa.
Trabalhe em ambiente estéril (fluxo laminar ou caixa de luvas, com álcool 70°, máscara, luvas, etc.).
Temperatura ideal: 18–22 °C
Luz: total escuridão durante a colonização
Tempo: 10 a 15 dias até a colonização completa
Após a colonização, inicie a indução:
Luz: Cordyceps precisa de 12 horas de luz branca intensa por dia (LEDs brancos ou luz natural indireta).
Temperatura: entre 18 a 21 °C
Umidade relativa: 70–85%
CO₂: ventilação moderada (mas evite correntes de ar fortes)
Frutificação começa após cerca de 20 a 30 dias e dura até 45 dias.
Colha os corpos frutíferos quando estiverem completamente alaranjados e eretos.
Evite esperar muito para não esporularem em excesso.
Pode ser desidratado a 40–45 °C por 24h e armazenado em potes herméticos.
Armazene ao abrigo da luz e da umidade.
Cordyceps é sensível a contaminações — atenção redobrada na esterilização e inoculação.
Frutificação exige luz intensa e estável e temperatura amena.
Não tolera alta umidade sem ventilação — pode causar mofo.
A peptona é um produto proteico parcialmente digerido (hidrólise de proteínas), geralmente obtido da gelatina, carne ou leite. Ela contém:
Aminoácidos livres
Pequenos peptídeos
Minerais
Nitrogênio facilmente assimilável
É muito usada em:
Meios de cultura microbiológicos
Produção de enzimas e antibióticos
Substratos líquidos ou sólidos para fungos
A caseína é a principal proteína do leite (representa 80% da proteína do leite de vaca). Em cultivo, normalmente é usada em sua forma hidrolisada, ou seja, já parcialmente quebrada em caseinato ou caseína ácida.
Ela fornece:
Aminoácidos essenciais
Nitrogênio orgânico
Cálcio e fósforo
Tanto a peptona quanto a caseína hidrolisada são usadas como suplementos de nitrogênio e aminoácidos em meios de cultivo, especialmente para espécies exigentes como o Cordyceps militaris.
Elas:
Aceleram o crescimento micelial
Estimulam a produção de metabólitos secundários (ex: cordicepina)
Favorecem o desenvolvimento dos corpos frutíferos
Não nos responsabilizamos pelo uso indevido destes produtos.
